A coordenadora geral do Instituto de Educação e Cultura 27 de Abril (IEC), secretária de Formação Sindical e de Estudos do Sindicato das(os) Trabalhadoras(es) Domésticas(os) da Bahia (SINDOMÉSTICO/BA) e presidenta de Honra da Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas (FENATRAD), Creuza Oliveira, participou, nesta terça-feira (4), de uma roda de diálogo para alunos do Ensino Fundamental I, na Escola Municipal 22 de abril, no bairro Tancredo Neves, em Salvador.
Creuza Oliveira conversou com as crianças sobre a história do povo negro e das trabalhadoras domésticas. “Foi uma linda troca. Conversamos sobre as personalidades e referências do povo negro. Além de contar sobre a trajetória da nossa categoria. Muitas crianças são filhos, netos e sobrinhos de trabalhadoras domésticas. Eles fizeram muitas perguntas. Foi uma experiência enriquecedora”, disse.
Na ocasião, a professora Idalice Simone de Jesus dos Santos informou aos alunos que Creuza Oliveira é uma “griô”, que na cultura africana é considerada a guardiã das histórias, a responsável por preservar a memória ancestral, transmitida de forma oral entre as gerações.
Bairro
Creuza Oliveira informa que o bairro Tancredo Neves, antigamente era o Quilombo do Cabula. Registros históricos dão conta de que o governador da Bahia, entre 1805 e 1809, João de Saldanha da Gama Melo Torres Guedes Brito, mandou destruir o local.
De acordo com relatos, o nome Beiru refere-se ao escravo de origem yorubá, Gbeiru, que teria habitado essa área no século XIX e que depois reuniu escravos e libertos no local. Hoje, 86% da população do Beiru se autodenomina afrodescendente (Dados UFBA).
